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Writer's pictureCarolina Costa

Movimento é Vida | O Início

Updated: Sep 22, 2023




Perguntam-me, de vez em quando, porque comecei a correr. Costumo contar a versão reduzida, que foi em 2019, durante um período particularmente ativo a nível físico potenciado pela minha empresa por ter igualmente uma vertente solidária, e que mexeu muito com as pessoas. Toda essa adesão à minha volta criou em mim a vontade de as acompanhar, numa primeira fase, e de querer chegar às que tinham melhor performance, numa segunda.


Mas, analisando de forma mais profunda, o meu contacto com o exercício físico estava longe de ter começado nessa altura. Na verdade, desde pequena que percorria quilómetros a caminhar…sim, quilómetros. Foram os meus pais e o meu avô, fundamentalmente, que primeiro me motivaram porque sempre adoraram passear a conversar ou apenas a apreciar o ambiente que os envolvia. Comecei, mais tarde, a perceber que, além da rotina familiar, eu tinha essa predisposição. No secundário, surgiu um novo elemento de avaliação em Educação Física: correr sem parar durante 20 minutos. Até esse ano, nunca tinha corrido sem ser, provavelmente, para apanhar o autocarro ou a jogar à apanhada. No entanto, recordo-me que facilmente consegui atingir o marco e sentia que conseguia continuar a correr mesmo depois do período necessário para ter boa nota. Mas mais importante do que isso: gostei da sensação de liberdade e leveza que esta experiência me deu.


Depois da escola, fui praticando exercício físico mas nada de muito consistente até 2019, que remete para a versão reduzida que comecei por mencionar.

Aqui percebi tenho duas características:

  • Embora goste muito de estar em grupo (seja em contexto de ginásio, aulas de grupo, ao ar livre, corridas), prefiro desportos e exercícios individuais;

  • Fui feita para resistência e não para velocidade.



Por esta altura, devem estar a questionar-se quanto à relevância de toda esta narrativa. Pois bem, é muito simples: há já vários estudos, documentários e entrevistas onde já foram explorados os inúmeros benefícios que nos traz a prática de exercício físico, e que vão muito para além do que se vê. Há todo um equilíbrio e bem-estar mental associado. Por um lado, a produção de endorfinas faz-nos automaticamente sentir bem, mas aquela satisfação psicológica que toma conta de nós por termos vencido a resistência é incrível!


Embora no meu caso específico eu sinta essa satisfação durante o treino, tenho consciência de que, para muitas pessoas, chega a seguir. Mas o importante é que chega!


Já me disseram em várias ocasiões que não gostam de treinar e de desporto em geral. Tendo em conta que várias das doenças que mais nos podem afetar hoje em dia são potencialmente causadas, entre outros fatores, pelo sedentarismo, acredito que o caminho é na direção oposta. E não sou eu que o digo…é a Orgnização Mundial de Saúde: Physical inactivity a leading cause of disease and disability, warns WHO


Se o nosso corpo reage desta forma à falta de atividade, é seguro dizer que fomos desenhados para estar em movimento, porque é quando fazemos aquela caminhada ao final do dia que nos sentimos a desanuviar, a “desenferrujar”, com o corpo mais leve e menos dores musculares. É o movimento que traz equilíbrio e bem-estar ao corpo e à mente. A chave está em encontrar o tipo de estímulo que combina connosco, que pode passar por ir experimentando exercícios diferentes ou descobrir que, simplesmente, fazia falta ter companhia no treino.


Cada um precisa de níveis e intensidades diferentes e é por isso que não nos devemos comparar com ninguém. Devemos, sim, estar atentos à nossa própria evolução que, no início, é exponencial. Esse aspeto, por si só, é altamente motivador.


Particularmente, como tenho gostos variados, treino quase todos os dias, tentando alternar entre modalidades que são mais exigentes e outras que ajudam a repor os gastos. Faço-o principalmente pela minha saúde mental do meu dia-a-dia e para construir a minha mobilidade do futuro, porque acredito que a vida vale a pena ser muito bem vivida e, para mim, isso apenas se realiza ao manter a independência física e as faculdades mentais.


Falta dizer que a verdade é que nem sempre me apetece ir. Há dias em que está tudo bem em não ir, mas devemos evitar que se tornem num hábito porque aquilo que nos permite alcançar os objetivos é a consistência, na forma de disciplina. O gostar permite-nos arrancar e não desistir, mas é a disciplina que nos incita a fazer o que é melhor para nós quando a vontade não se encontra.


Convido-vos a darem as vossas sugestões ou a entrarem em contacto comigo para dúvidas ou dicas de como começar através do Instagram @carolmapgc ou da caixa de comentários!


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